A redação apurou que as alegações sobre a falta de pagamento a um fornecedor de medicamentos não condizem com a realidade. No final do ano passado, a empresa tentou cobrar um valor indevido, alegando ter entregue medicamentos que, na prática, nunca chegaram ao destino. A tentativa foi identificada e rejeitada, evitando um prejuízo aos cofres públicos.
Além disso, a pessoa apontada como responsável pelo recebimento dos medicamentos não soube explicar onde os produtos estariam, levantando ainda mais dúvidas sobre a veracidade da cobrança. O que era consumido regularmente e devidamente comprovado foi pago, desmontando a narrativa de que houve calote por parte da gestão anterior.
A reportagem também constatou que não é incomum que empresários tentem apresentar notas fiscais sem a devida comprovação de entrega para obter pagamentos da prefeitura. Nesse caso específico, não havia qualquer justificativa para o pagamento solicitado, uma vez que não houve confirmação da chegada dos medicamentos ao município.
Mesmo que houvesse uma dívida real – o que, segundo a apuração, não procede –, isso não impediria a atual gestão de garantir a distribuição dos remédios. A falta de medicamentos para a população não pode ser atribuída a essa questão, já que existem diversos meios para manter o fornecimento, independentemente de pendências financeiras anteriores.
Dessa forma, a justificativa apresentada pela administração municipal para a falta de medicamentos não se sustenta. O problema, segundo fontes ouvidas pela reportagem, não está em questões burocráticas do passado, mas na falta de eficiência da equipe atual em garantir que os remédios cheguem à população.
Diante disso, cresce a cobrança para que a gestão atual saia do campo das justificativas e passe a agir de forma concreta. A população de Alto do Rodrigues não pode ficar refém de disputas políticas ou desculpas administrativas quando se trata de um direito fundamental: o acesso a medicamentos.